Akira Toriyama (1955-2024) foi um icônico autor, conhecido mundialmente por sua obra mais famosa, Dragon Ball, amada por muitos fãs ocidentais. Contudo, o autor também é responsável por várias outras obras, incluindo Dr. Slump e Kintoki, além de ter colaborado como designer de personagens de vários jogos eletrônicos, como a franquia Dragon Quest. Hoje, vamos falar de um mangá específico, originalmente publicado no Japão em 2000 (e que demorou um pouco a vir para o Brasil): Sand Land. Agora, em 2024, o mangá recebeu adaptações em anime e também em jogo eletrônico. Evitarei muitos spoilers durante o texto, mas já aviso que poderá ter alguns bem sutis, já que falarei sobre a temática dele, incluindo questões ambientais, política e moralidade. Para quem desejar saber sobre o que se trata, mas sem correr o risco de tantos spoilers, confira aqui na Nii-Sans Produções: Resenha de Sandland, mangá distópico do icônico Akira Toriyama.
Em primeiro lugar, se formos nos lembrar dos mangás (ou das adatpações em animes), é comum vermos temas recorrentes nas obras de Akira Toriyama. O autor frequentemente aborda temas como amizade, coragem, perseverança e as consequências das ações humanas. Lembram-se de Goku, que tem uma amizade com Kuririn desde que ambos os personagens eram crianças? Sem contar, é claro, que nunca deixaram Bulma ou outros antigos amigos de lado. Além disso, eles sempre estão dispostos a salvar o universo. Sempre demonstrando coragem, independente do que aconteça! No caso de Sand Land, alguns desses temas são elaborados em um cenário pós-apocalíptico onde a escassez de água é um problema central. O mais engraçado? Parte dos problemas em Dragon Ball são causados graças às raças alienígenas querendo conquistar a Terra – contudo, em Sand Land, o problema é exclusivamente causado por quem habita a Terra…
A escassez de recursos naturais, como a água, é uma questão muito relevante no mundo real, e Sand Land utiliza essa temática para destacar os perigos da ganância humana e da falta de consideração pelos recursos finitos do planeta. Vejo o mangá (e suas adaptações) como uma crítica gritante. Uma crítica à exploração desenfreada dos recursos naturais e às consequências devastadoras que isso pode ter para a humanidade e para o meio ambiente. Em Sand Land, temos várias raças, incluindo os demônios que falam na cara dura que os humanos são idiotas por esgotarem os recursos naturais. Os humanos seriam os únicos que destroem tudo aquilo que eles mais precisam. Os demônios também falam que, por mais que eles gostem de serem malvados, eles gostam de infernizar as outras pessoas, mas NUNCA envolvendo destruir os próprios recursos naturais, como a água.
Talvez, podemos falar que essa mensagem é ainda mais acentuada no jogo de RPG de Sand Land, onde passamos muito mais horas jogando do que simplesmente lendo o mangá. Aqui, a gente percebe o tanto que os demônios também dependem da água para sobreviver, apesar de muitas vezes serem vistos como antagonistas. Bem no início do jogo, a gente precisa ajudar um slime que estava derretido no chão, pela falta de água. Ou seja, o jogo ajuda a destacar a ideia de que a escassez de recursos é um problema que afeta todas as formas de vida, não apenas os humanos. Isso reforça a crítica à ganância humana, mostrando que mesmo quando confrontados com ameaças externas, ou as possíveis ameaças como os demônios, a humanidade continua a negligenciar a importância da preservação dos recursos naturais.
Além disso, a presença de questões políticas e morais no jogo pode adicionar camadas adicionais de complexidade à narrativa. Por exemplo, os jogadores precisam lidar com diferentes facções e líderes gananciosos dentro do jogo e isto pode fazer refletir sobre questões de poder, ética e responsabilidade. Às vezes, quem parece inofensivo é muito pior do que aparenta, enquanto valentões podem colaborar muito mais com a sociedade…
Em suma, tanto o mangá original de Akira Toriyama quanto as adaptações em anime e em jogo de RPG de Sand Land abordam questões importantes relacionadas à escassez de recursos naturais, ganância humana e responsabilidade ambiental. Ao destacar esses temas e mensagens, eles convidam os leitores e jogadores a refletirem sobre as consequências de suas ações e a considerarem formas de promover uma maior conscientização e preservação do meio ambiente.
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