
X, também conhecido como X/1999 ou X – TV, é um mangá criado pelo renomado grupo CLAMP, cuja publicação teve início em 1992 e seguiu até 2003, quando entrou em hiato. A obra, marcada por forte carga simbólica e narrativa complexa, reúne ao todo 18 volumes que permanecem até hoje sem conclusão definitiva. Quer saber mais sobre a franquia? Se sim, então confira aqui na Nii-Sans Produções!
A trama se desenrola às vésperas do ano de 1999, período em que o destino de toda a humanidade repousa sobre os ombros de um único jovem: Kamui Shiro. Considerado o escolhido, Kamui retorna a Tóquio para cumprir a profecia que o coloca no centro de um conflito apocalíptico. No “dia prometido”, ele deverá fazer uma escolha decisiva: ficar ao lado daqueles que desejam destruir a humanidade para preservar a Terra, ou defender a existência humana mesmo sabendo que isso poderá resultar na ruína do próprio planeta.
A narrativa, permeada por temas como destino, sacrifício e dualidade, aprofunda-se nos dilemas morais enfrentados pelo protagonista, explorando a tensão entre livre-arbítrio e inevitabilidade. Por meio de personagens complexos e simbolismos característicos do grupo CLAMP, X/1999 apresenta uma história intensa, marcada por conflitos espirituais, batalhas dramáticas e reflexões sobre o futuro do mundo.
Protagonista da narrativa, Kamui é um adolescente de personalidade reservada e marcada por um profundo isolamento social, possuidor de extraordinárias habilidades psíquicas. Criado apenas por sua mãe, Tōru Shirō, ele passou a infância ao lado de Fuuma e de sua irmã mais nova, Kotori, com quem manteve laços de amizade muito estreitos. Contudo, após um longo afastamento de seis anos, Kamui retorna a Tóquio em 1999 movido pelo desejo de compreender o enigmático recado deixado por sua mãe antes de falecer em um incêndio: uma advertência de que seu “destino o aguardava” na cidade.
Ao chegar, Kamui se depara com uma realidade muito mais complexa e inquietante do que imaginava. Ele descobre que ocupa uma posição central em um conflito de proporções catastróficas, no qual suas escolhas influenciarão diretamente o futuro do mundo. Diante dessa revelação, vê-se compelido a tomar uma decisão decisiva que poderá alterar o curso da humanidade, ainda que isso implique consequências profundas e inesperadas para sua própria vida.
Os capítulos de X/1999 eram publicados mensalmente na revista Asuka, uma das principais revistas japonesas dedicadas ao público shoujo e ao mangá voltado para jovens adultas. Um diferencial interessante da obra era que cada volume físico vinha acompanhado de uma carta de tarô, elemento simbólico que dialoga diretamente com os temas espirituais e proféticos presentes na narrativa. Como a 22ª e última carta foi posteriormente incluída no artbook X-ZERO, muitos leitores deduziram que a série teria originalmente um total de 21 volumes.
Entretanto, em 2002, a publicação de X foi oficialmente suspensa devido a “problemas sociais no Japão”, conforme divulgado pela própria editora. Esses problemas estavam associados ao teor violento e às temáticas apocalípticas que, à época, entraram em conflito com questões sensíveis da sociedade japonesa. Assim, o mangá permanece inacabado, compilado até hoje em 18 volumes, além de cinco capítulos adicionais que fariam parte do planejado volume 19.
Em diversas entrevistas ao longo dos anos, as autoras do grupo CLAMP afirmaram manter a intenção de concluir a série. Contudo, até o momento, não há qualquer previsão oficial para a retomada ou finalização da obra, o que contribui para o status quase mítico de X/1999 entre fãs e colecionadores.
Desde 2003 a série X/1999 está em hiato, e os membros do CLAMP explicaram em entrevistas que isso se deve sobretudo ao conteúdo sensível da obra e às limitações editoriais de sua revista. Em entrevista à revista Puff (jul/2004), Ohkawa e Mokona lembram que a história de X envolvia desastres e violência que acabaram soando muito parecidos com tragédias reais no Japão. Citam o Grande Terramoto de Hanshin (Kobe) de 1995 e os “assassinatos de Kobe” de 1997 como exemplos de eventos que tornaram dolorosa a continuidade da narrativa na época (conforme entrevista publicada no portal chibiyuuto.com).
Após o terremoto de 1995, eles receberam cartas de leitores da região dizendo “não consigo mais ler isso” (conforme publicado no portal chibiyuuto.com). Já o caso de Sakakibara (Kobe) desenhava no mangá cenas de mortes cruéis, como personagens decapitando-se – algo que preocupava os editores mesmo sendo a revista Asuka relativamente permissiva (ainda conforme chibiyuuto.com). Ou seja, o grupo afirma que tanto as tragédias naturais quanto crimes reais pressionaram X a se adaptar ao clima social, e até cogitaram interromper a história para não ferir sensibilidades (leia mais em chibiyuuto.com).
Ohkawa reafirmou em entrevista à Anime News Network (mar/2006) que esses problemas sociais dificultavam manter X em publicação numa revista shōjo. Ela mencionou que, por essas razões, o editorial chegou a alertar que Kadokawa provavelmente não publicaria o final original planejado pelo CLAMP. Diante disso, o grupo optou por não alterar seu desfecho pretendido. Ohkawa declarou que CLAMP ainda procurava um meio adequado de encerrar a série: em 2005 confirmaram publicamente que continuavam buscando uma revista apropriada para publicar os capítulos finais do mangá.
Além disso, o próprio CLAMP reconheceu ter encontrado limites editoriais em Asuka. No livro CLAMP no Kiseki (abr/mai 2005), as autoras contam que inicialmente receberam liberdade para desenhar conteúdo pesado (incluindo violência), mas passaram a se preocupar com a reação dos leitores (de acordo com a publicação no portal chibiyuuto.com). Após a morte brutal do personagem Saiki, que gerou forte repercussão negativa, os editores questionaram se X continuaria cabendo num mangá shōjo dado seu nível de violência. Ou seja, embora o CLAMP esperasse trabalhar com muita autonomia, descobriram que havia um limite para o que Asuka podia publicar (leia mais no portal chibiyuuto.com).
A obra X/1999 recebeu sua primeira adaptação animada em 1996, com o lançamento de um filme para os cinemas japoneses. A produção foi dirigida por Rintaro, renomado diretor do estúdio Madhouse, que também assumiu a animação do projeto. O roteiro ficou a cargo de Nanase Ohkawa, integrante do grupo CLAMP. Embora o longa tenha sido elogiado pela alta qualidade visual, pela direção estilizada e pela atmosfera sombria que traduz bem o espírito da obra, ele foi alvo de críticas por parte dos fãs devido à sua curta duração. O motivo disso está no fato de que, à época, o mangá ainda se encontrava em seus estágios iniciais, o que impossibilitou uma adaptação mais fiel e completa. Em razão dessa limitação, o personagem Kakyo, que ainda não havia sido introduzido no mangá, acabou sendo substituído por Shougo Asagi, um personagem criado exclusivamente para o filme.
Em 2001–2002, a obra recebeu uma nova adaptação: um OVA e, posteriormente, uma série de 24 episódios, conhecida como X-TV. Ambas as produções foram novamente desenvolvidas pelo estúdio Madhouse, desta vez sob a direção de Yoshiaki Kawajiri. Como o mangá permanecia em hiato, a equipe responsável precisou elaborar um final original para a animação, mantendo-se, contudo, o mais fiel possível ao espírito e à temática central concebidos pelas autoras.
Essas adaptações, apesar de distintas em estrutura e abordagem, contribuíram para consolidar X/1999 como uma das obras mais marcantes do catálogo da CLAMP, preservando seu estilo visual icônico e sua atmosfera de tensão e destino inevitável.
A adaptação em anime X, baseada na obra homônima em mangá criada pelo coletivo CLAMP, está atualmente disponível no catálogo da Crunchyroll. A produção foi incorporada à plataforma em 2022 e permanece acessível ao público desde então. A série conta com classificação indicativa de 14 anos, conforme as orientações oficiais de conteúdo.
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